sábado, 29 de dezembro de 2007

DISTÂNCIAS / DISTANCES



DISTÂNCIAS
Milamarian


Azuis, ainda assim profundos e cruéis, são estes mares
perdida está minha alma na ausência que me devora
é distância eterna neste oceano ímpar e me apavora
são impiedosas ondas a me encobrir, tão peculiares.


Povoando minhas entranhas, a triste e dolorosa saudade
espalma negras asas neste súcubo, entre cinzentos céus
verbo ad verbum padecem entregues à calamidade
dentro de mim dilui-se o sangue, na cegueira destes véus.



Segue em meu cerne teu semblante feito eterna punição
e lanço-me assim ao sarcasmo das turvas e revoltas areias
que me abraçam no destino infausto, minha destruição.



Entre rochas, sou enraizado musgo sombrio à tua espera
a implorar-te que não tardes pois que a hora já me flanqueia
sem flores, sem teu amor, nesta distância que me desespera.



Japão
06.07.2006
15:05


DISTANCES
Milamarian


Blue, even so, deep and cruel are these Seas
my soul lost in the absence that consumes myself
on this lonely Ocean a eternal distance and scares me
merciless waves which cover myself, such proper of itself.


The saddened and painful longing lives in my essence
obscures wings flattens among grey skies over this craven
absorbed by calamity verbo ad verbum in suffering
in blindness from this veils, inside of me blood goes by.


Your face follows my thought as an eternal punishment
I lay down in sarcasm from turbid and revel sands
which embrace me in unlucky destiny, my own annihilation.


Among stones, I am shadowy moss awaiting for you
asking for you: do not delay as time already hurts me
without flowers nor your love, in the distance where I despair.




Japan
2006.07.06th
15:05

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