terça-feira, 25 de dezembro de 2007

DISTÂNCIA QUE ME DEVORA / DISTANCE DOWNS MYSELF



DISTÂNCIA QUE ME DEVORA
Milamarian


À luz do dia é sombra em minha vida
Negras nuvens encobrindo o descamado céu
às violentas tormentas minha alma arremetida
salgando meus lábios com o gosto do fel.


Vendavais desfolham lindas paisagens
desarraigando o amor em nuvens brandas
deixam apenas rastros nas devastadas ramagens
rasgando o peito apenas mácula nefanda.


Dos terraços não se avistam as chuvas de flores
só um negro dilúvio derrocando os restos de mim
do cataclismo que me invade a dor sem fim.


Em prantos calados, estremecidos alvores
na úmida terra abandonado corpo em soluço arfante
de meu ventre sangrando a ausência asfixiante.



29.06.2006


DISTANCE DOWNS MYSELF
Milamarian


In my life over daylight is a shadow
murky clouds covering the denude sky
my soul dashed against the furious storm
puts over my lips the bitterness.

Gales strip pleasants sceneries
from the tender clouds uproot the love
over the desolate branches leave only tracks
hurts the heart, just a nefarious trace.

From the verandas, the rain flowers cannot be seen
just a darkness rain knocking down remains of me
of the cataclysm intruded in myself, an endless pain.

In silent tear, dawns in shivery
over the wet ground, the surrended body in a gasping cry
bleeding from my essence, the suffocating absence.


2006.6.9th

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