sexta-feira, 19 de outubro de 2007

VEREDAS



VEREDAS
Milamarian


Suspiram as folhas qual borboletas
num balouçar tão suave que prateia
lençóis reverdecidos à luz da lua cheia
e nas asas carregam cores de estrelas.


Augusto é o semblante do bronze adornado
pelo espelho de amores qual dourado singelo
espalhando na relva a magia do fado mais belo
que enaltece o cenário em cordões nacarados.


Um rio de esperança onde deito rubis em amor
escorrendo diamantes entre seixos floridos
levando a ele o perfume da mais linda flor,


uma vereda cortando brumas e ventania
entregando a alma e os cinco sentidos
da cerejeira ao carvalho naquela serrania.



Japão em 12 de agosto de 2007



2 comentários:

Anónimo disse...

todos nós já estávamos acostumados ao "carvalho e a cerejeira"..."fado e biwa"...sentimos muita falta de tanto amor. Não era um amor "melado", era um amor verdadeiro, de almas, um sentimento muito raro nos dias de hoje, havia desejo e paixão mas sem cair na monotonia e no vulgarismo.

Anónimo disse...

"Um rio de esperança onde deito rubis em amor/escorrendo diamantes entre seixos floridos/levando a ele o perfume da mais linda flor,"

Quando o desejo é somente carnal não há palavras que expressem um amor verdadeiro só mesmo uma alma apaixonada pode transmitir tanto com tão poucas palavras.
Gostaria muito de poder reler Atanvarno e Meldanne e se possível Marian de Jose também, eu não os tenho salvo em meu pc e já não os encontro mais na internet, já que fizeram o favor até de perturbá-la a ponto dela tirar o site do ar, por favor. Obrigado.