sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A CARRUAGEM



A CARRUAGEM
Milamarian



Sem algemas segue à outra aragem
numa ida sem volta à estas searas
verdejantes, que nas noites à prata
douraram andrajos em plumagem.



Caminha insone rumo à ribalta
entre luzes e acenos ao ribeirão
onde colhera somente imensidão
num entrelace de passos em valsa.



Marcha em definidos e fortes traços
no branco_vermelho em seus veios
unindo para sempre em compasso



a sua verve que em amor se aperta
ao pulsar deste manto, seu luzeiro
que ilumina e à cerejeira alberga.



Japão em 15 de agosto de 2007.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sinto na "A Carruagem" todo um sentimento de amor devotado à terra que a acolheu assim como "Minha Seara, meu eterno amor", uma despedida dolorida à terra que ela tanto ama, que está no seu sangue. Uma partida obrigatória, como uma eterna despedida. Este me entristeceu.