sábado, 27 de outubro de 2007

AS DOZE LUAS



AS DOZE LUAS
Milamarian


Choram pedaços das doze luas marcadas
rasgando todo o céu suas lágrimas descem
invernando primaveras, verões entristecem
outonos sem flor ao largo da cruz e espada.


Rodam tristonhas sem toada que acompanhe
de joelhos cerram os olhos ao noturno véu
espalhando grafite acinzentam o alvo pincel
onde somente restara a negra nuvem infame.


Inflamam o âmbar do ventre em brado de dor
ramos se queimam incensando da mãe o olhar
e do tronco estremecido a prece de um sofredor


calando ante as cores do íris perdido sob a terra
se encaminham de mãos dadas a testemunhar
janeiros a dezembros em setembros de guerra.


11 de setembro de 2007
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5 comentários:

Anónimo disse...

meu deuso...ate esqueci o q eu ia falar deste texto. a mila é linda...
David

Anónimo disse...

hehehe...
comentando o texto já que o David ficou mudo... gosto muito quando a Mila retrata as agressões humanas à natureza, ela é de extrema sensibilidade, bom, quem fala de amor como ela, só pode ser muito sensível a tudo!
Marcelo

Anónimo disse...

eu concordo com o Marcelo, a Mila é de uma sensibilidade muito grande quando fala também da natureza. Seus textos ecológicos são excelentes!
Taiane Estrela

Anónimo disse...

falando em "Sangra Rocanini", ela já leu este escrito????? provavelmente vai aparecer um plágio ao texto da Mila, assim como ela fez com o "Santuário de Gelo"...entre outros tantos! pouca vergonha, falta de vergonha na cara! uma descarada, desculpem gente, mas tem coisas que me incomodam demais!
Aline

Anónimo disse...

hehehe, como eu disse anteriormente, para que Marian não vá a falência eu me contento com o lenço apenas! pode até ser um pedacinho só! hehehe
Excelente este texto da Marian, relembrando a tragédia ocorrida em 11 de setembro, ela transmite que em todos os meses do ano a guerra prevalece. Muito bem elaborado o soneto da menina.
Roberto