segunda-feira, 22 de outubro de 2007

NA CONCHA



NA CONCHA
Milamarian



Brasas em cascata descendo o cálido riacho
pelas corredeiras em fluxo_refluxo sem receio
num suspiro retiram o manto, descobrem seixos
abertas as janelas às pérolas, da luz o facho.


Alisando a fina relva assomam aos céus
em torvelinho de brumas envolvem almas
reverdecem em fados o entrelace de auras
absorvem-se, soltando aos chãos os véus.


Um sonho que assim alcança as rendas
do eterno juramento de amor ardente
lavrando os di_amantes que ostentam,


o veludo e o púrpura em só uma sinfonia
almas e corpos juntos enfim e tão somente
na concha à luz da lua_sol, mar_areia, noite_dia.

Em 16 de setembro de 2007.


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5 comentários:

Anónimo disse...

Cada leitura é uma surpresa, como ela tem sutileza!
Ju

Anónimo disse...

Olha aqui outro texto excelente da Milamarian, ela não cai na vulgaridade de forma alguma, é impressionante o poder de sedução das palavras dela. Muito bom mesmo.
Mas eu sou um tipo suspeito...sou fã dela!
Mauricio

Anónimo disse...

sabem o q eu penso? q o cara inteligente q lê a Mila e entende o q ela quer dizer, pq tem texto dela q eunão consigo entender muito bem, huahuahauhauhaua, então, o cara q entende fica apaixonado por ela, pq ela não é vulgar, ela é misteriosa!!!!
huahuahauhauahuahuahua.
Adoro mulheres misteriosas!
Luciano

Anónimo disse...

rssssssssss...é divertido a gente ler o q os outros pensam não é mesmo? sempre gostei de blogs, foi uma excelente idéia a de vcs. Ficam registrados os comentarios dos amigos, muito boa ideia mesmo.
Gosto muito qdo a Mila fala de sexo, ela não se perde em momento algum, ela tem uma habilidade impressionante para não cair no vulgar. Aqui eu destaco a primeira estrofe:
...Brasas em cascata descendo o cálido riacho
pelas corredeiras em fluxo_refluxo sem receio
num suspiro retiram o manto, descobrem seixos
abertas as janelas às pérolas, da luz o facho...
muito bem elaborada, fantásticos versos.
Vera Lúcia - Renascer da Poesia

Anónimo disse...

Gostei muito da finalização deste soneto e sempre quando ela se refere a eles dois utilizando todo o universo, uma conjunção perfeita da natureza, ou seja, quem pensa em noite logo já se lembra do dia e vice-versa.
Roberto