quinta-feira, 22 de novembro de 2007

ZERO


ZERO
Milamarian



Sou soluço vagueando insone
sem papiro sou tinta vermelha
sangrando a verve em tal ribeira
inerte...sou corpo sem nome


Sentes? morre agora um pedaço
e me perguntam o que restou
respondo que somente teu retrato
onde se espelha meus estilhaços.


Abandonada no cardinal zero
sem luz mostro a verdade
em frases sem qualquer nexo


E no último e doloroso verso
deito apenas: morro em saudade
num poema em sangue imerso.


Japão - 22.12.2006

This work is licensed under a
Creative Commons Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 2.5 License.

1 comentário:

Anónimo disse...

versos tristes, muito tristes...
Ludmila