sábado, 10 de novembro de 2007

O DIA SEGUINTE



O DIA SEGUINTE

MILAMARIAN


Versejo-te no colorido desta infinda seara
umedecida em lágrimas de tão grande amor
na nítida lembrança daquele palco de dor
sonora voz do tempo que me desmascara.


Desencontro-me das cantigas segredadas
buscando-te na vertigem das alfazemas
e nas azuis paredes de amores pinceladas
derramo verbos soltos em mais um poema.


Refugio-me na maciez das tuas lembranças
cerrando os olhos sou no espelho tua imagem
e no aroma dos incensos desejo-te em outra dança.


Vivo-te na minha sobrevida contínua e forte
pulsando na saudade da antiga ramagem
a monótona toada neste cais à própria sorte.

Japão - 19.09.2006


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