ATRÁS DA PORTA
Milamarian
Atrás da porta, de minh'alma o silêncio
um olhar delineando o papiro vermelho
e na prece calada refletindo no espelho
o eco de mim: já não mais me pertenço...
Num só delta, duas fontes em harmonia
ostentando o viço da primavera em flor
e no reflexo da água haurida feito licor
a suavidade das almas em sintonia.
Vibra o verbo em cadência, só pensamento
dos lábios calados sequer uma palavra dita
pois o orvalho se faz presente no momento,
e nas entreabertas sedas e alvas rendas
o perfume da terra numa centelha infinita
desenhando o "tu e o eu", na mesma senda.
Japão - 20.02.2007
Milamarian
Atrás da porta, de minh'alma o silêncio
um olhar delineando o papiro vermelho
e na prece calada refletindo no espelho
o eco de mim: já não mais me pertenço...
Num só delta, duas fontes em harmonia
ostentando o viço da primavera em flor
e no reflexo da água haurida feito licor
a suavidade das almas em sintonia.
Vibra o verbo em cadência, só pensamento
dos lábios calados sequer uma palavra dita
pois o orvalho se faz presente no momento,
e nas entreabertas sedas e alvas rendas
o perfume da terra numa centelha infinita
desenhando o "tu e o eu", na mesma senda.
Japão - 20.02.2007
1 comentário:
versos inteligentíssimos Mila. Parabéns pela maravilha de inspiração.
Ewerton
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